Entenda como o conceito de resiliência urbana está intimamente ligado às empresas, aos consumidores e ao poder público.
As cidades são sedes dos nossos convívios, relações e atividades. Com o crescimento do nosso impacto sobre o planeta a resiliência urbana se tornou uma qualidade almejada pelas instâncias públicas e relacionada diretamente ao crescimento das empresas.
Entender como as ações humanas implicam no bem estar e saúde das cidades é essencial para a construção de uma posição crítica e eficiente diante das problemáticas enfrentadas.
Nesse sentido, vale ressaltar as sucessivas enchentes nos grandes centros, congestionamentos e problema de mobilidade urbana nas grandes metrópoles e o impacto sobre a saúde humana da poluição das águas, ar e terra.
Exemplo é o caso de Brumadinho e o caso de Mariana, ambos eventos demonstram como a iniciativa privada está diretamente implicada no bem estar social e ambiental a sua volta.
São esses pequenos colapsos que reafirmam como a resiliência urbana de nossas cidades não estão em níveis óptimos e precisam de soluções que revertam essa situação.
Para isso, podemos nos munir de planejamento urbano e implementação de políticas públicas estratégicas. E desta forma galgar uma sociedade em equilíbrio com o meio a sua volta.
O que é resiliência urbana?
A resiliência urbana é uma capacidade inerente às cidades, que possuam qualquer grau de urbanismo implementado, de resistirem e se regenerarem após situações de degradação e poluição.
E isso vai muito além de situações de desastres ambientais citadas acima. As próprias atividades comumente realizadas pelo homem, como trabalho, transporte e comercialização podem ter consequências positivas ou negativas.
Tais consequências ocorrem porque a urbanização, ou seja, o crescimento das cidades e das infra estruturas e tipos de atividades ali exercidas rompem com uma série de relações harmônicas estabelecidas entre o meio ambiente e os seres vivos ali presentes.
E é claro que isso não precisa ser assim. Veremos diversos exemplos de cidades que através de ações específicas possuem uma alta resiliência urbana garantindo maior bem estar à população e tornando a dinâmica social e econômica mais estável.
Quer saber como a sua empresa pode contribuir para um cenário positivo? Contamos abaixo.
Planejamento urbano é necessário, mas não é a solução
Quem achou que a falta de planejamento era a culpada pela menor resiliência urbana e maior frequência de desastres ditos ambientais, se enganou.
A produção de estudos e análises para dar suporte ao muitos tipos de planejamento nunca foi tão grande. Com isso a quantidade de planejamento urbanos de qualidade crescem cada vez mais. Ainda assim, muitos deles não são implementados, ou quando o são acabam não dando certo.
Isso ocorre porque, de maneira simplificada, os meios de execução não foram levados em consideração em sua totalidade e complexidade. O que quer dizer que o planejamento urbano envolve questões profundas não apenas de estruturas físicas, mas de manejamento de populações em zonas de risco, conscientização da sociedade e colaboração da indústria, dentre outros aspectos.
Alinhar os stakeholders envolvidos em um projeto de planejamento urbano é um processo trabalhoso, que a depender das relações políticas e econômicas traçadas entre os mesmos pode não ter seu objetivo concluído como pretendido inicialmente ou nem mesmo se manter até o final da execução.
Dada essa complexidade, o planejamento em si é necessário mas não suficiente. O que poderia complementar?
Políticas públicas direcionadas
Ainda que o planejamento consiga lidar com informações mensuráveis e descritíveis como o número populacional, condições geográficas e ambientais da região. São as políticas públicas, e as ações a partir delas, que irão possibilitar a execução de um planejamento urbano que aumente a resiliência urbana.
Uma vez que o ordenamento do uso e ocupação do solo fica a cargo do plano diretor municipal e que por este motivo qualquer planejamento que implique em uma alteração desse espaço urbano será submetido à análise de alguma instância do poder público.
Dado que a alteração do espaço urbano perpassa pela autorização da prefeitura, são imprescindíveis políticas públicas que facilitem a implementação de planejamentos urbanos que ofereçam maior resiliência urbana e que respeitem os direitos constitucionais humanos.
O que as empresas podem fazer?
Apesar de grande o papel das políticas públicas, o planejamento urbano pode surgir de outros locais, para além do poder público. Exemplo disso é o projeto Venus idealizado pelo Jacque Fresco através de sua organização. A ideia é alinhar tecnologia com sustentabilidade para promover cidades inteligentes com alta resiliência urbana.
Para que ideias assim dêem certo é essencial o apoio de iniciativas privadas. Mas as ações que a sua empresa pode executar não param por aí.
Logística Reversa
A logística reversa de embalagens é um instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos sempre citada em nossos conteúdos. Não à toa, sua execução garante a recolocação dos resíduos sólidos na cadeia de produção garantindo a diminuição de aterros e lixões.
Além disso, através desse instrumento há o fomento para o descarte correto de resíduos. Em sua totalidade as implicações visam diminuir a poluição do meio ambiente e sociedade como um todo. Basta pensar que muitas enchentes também ocorrem por conta de resíduos descartados incorretamente nos bueiros.
Cumprimento de todas a legislação ambientais
A logística reversa é apenas um dos instrumentos oferecidos pelas leis ambientais para um melhor planejamento de atividades e controle dos impactos. Ter as atividades da empresa em consonância com a legislação ambiental brasileira é um ótimo primeiro passo para auxiliar no desenvolvimento de uma cidade mais resiliente.
Ainda não sabe como fazer essa mudança acontecer? Calma que temos muitas sugestões que podem ser acessadas em outras páginas do blog ou, se você preferir, deixamos abaixo o próximo passo da sua jornada de conhecimento.
Saiba como a sua empresa pode implementar a logística reversa.