E se eu te contasse que existem 8 etapas que irão permitir que você identifique gargalos e coloque em prática ações para se manter no mercado? Conheça o ciclo de vida do produto em sua versão completa e definitiva.
Entender o ciclo de vida de um produto é fundamental para a estratégia comercial de uma empresa e nisso não há novidade alguma.
O que poucos profissionais e empreendedores sabem é que o ciclo de vida de um produto pode se estender um pouco além do que o modelo comumente disseminado por aí.
Se você já aprendeu, em algum momento, que o ciclo de vida de um produto é a Introdução, Crescimento, Maturidade e Declínio de produto no mercado, saiba que essa versão se refere a uma visão exclusivamente mercadológica e não a uma visão holística da vida de um produto. E isso não está errado, visto que atende minimamente as principais fases do produto considerando a comercialização.
No entanto, o produto tem reflexos fundamentais para a sua empresa em outras fases, que vão além das 4 citadas anteriormente, tanto no desenvolvimento do produto como após o declínio do mesmo.
Quer saber o ciclo de vida completo? Iremos destrinchar 8 fases que servirão para uma análise profunda e para definição de uma estratégia inteligente, não só em vendas como também em marketing. Confira!
O que é o ciclo de vida do produto?
O ciclo de vida de um produto (CVP) abrange todos os bens de consumo da sua vida: o carro que você vai para o trabalho, a garrafa de água que você utiliza para se hidratar durante o dia, ou ainda a comida congelada do jantar.
O CVP compreende do início ao fim de um produto e projeta um padrão de repetição com base em sua comercialização.
Esse padrão oferece um gráfico para saber a melhor forma de desenvolver o seu produto, de entender quando a demanda por ele oferecida está crescendo ou ainda quando ele atinge a maturidade e sua comercialização se mantêm e aos poucos passa a decrescer.
Por poder ser aplicado a todos os tipos de produtos surgiram várias definições que ora atende os interesses de análise de uma área mais comercial e ora os interesses de uma área mais administrativa ou processual.
O ciclo de vida do produto é definido por fases onde há a descrição dos momentos de um produto, da sua criação ao seu descarte. Neste artigo falaremos de 8, que além de levar em conta a demanda por seu produto e sua comercialização, falaremos também da concepção do produto até o seu descarte e a importância disso para o empreendimento.
As fases do ciclo de vida do produto
Se você achou que as 4 fases mais conhecidas do CVP – Introdução, Crescimento, Maturidade e Declínio eram o suficiente para entender o padrão total do comportamento do de um produto, vai descobrir abaixo outras 4 fases tão importantes quanto, que devem ser consideradas em todas estratégias da sua empresa.
Vamos à primeira delas!
1. Pesquisa de Mercado
Importante entender que o produto começa desde a fase de gestação da ideia. É na pesquisa de Mercado que você entenderá para quais demandas da sociedade a sua empresa pode e quer ofertar.
Uma pesquisa de mercado visa a coleta de informações sobre uma possível problemática na qual o empreendimento pode atuar com uma solução. E é importante pensá-la de forma a entender quais possíveis impactos haverá em todas as demais etapas do Ciclo de Vida do Produto.
Para fazê-la, você pode recorrer à questionários (online ou físico) em uma amostra aleatória da região onde você pretende atuar.
Se tiver pouco tempo para essa fase, você pode contratar uma empresa especialista em pesquisa de mercado que irá entregar uma análise completa para sua possível atuação.
2. Pesquisa do Produto
Considerando a pesquisa de mercado e entendendo quais são as maiores problemáticas/demandas relatadas pela sua amostra aleatória, o próximo passo é pensar na solução/produto.
Nessa fase é importante considerar o:
Poder ofertar que está relacionado à estrutura física e financeira da sua empresa. Por exemplo: se a sua empresa possui o capital de R$10.000,00 e o seu know-how está relacionado ao setor de alimentos, muito dificilmente conseguirá desenvolver uma solução tecnológica para que os foguetes espaciais levem pessoas à Marte. Mas é muito possível você abrir um pequeno espaço para comercialização de refeições.
E o querer ofertar está intimamente ligado aos valores e propósitos da sua marca. O que você oferta e o que você comunica sobre a sua marca devem estar sempre alinhados. Do contrário o seu público perde a confiança e daí em diante tanto a conquista como a fidelização de clientes podem sofrer prejuízo.
Considerando esses aspectos é possível conceber, no papel, o produto.
3. Desenvolvimento do Produto
Esse é a hora de tirar do papel a sua ideia e colocar em prática. O ideal é realizar uma pesquisa de fornecedores e escolher aqueles que melhor atendam suas necessidades e seus valores.
Por exemplo, caso a sua empresa esteja voltada à sustentabilidade, é importante não ter em sua cartela de fornecedores empresas que impactam negativamente o meio ambiente ou a sociedade.
Com os fornecedores certos em mãos, o desenvolvimento pode se iniciar. Caso prefira, atualmente existe a possibilidade de terceirizar a produção para um fabricante e focar apenas nas próximas etapas.
José Abrantes, professor e pesquisador da UNISUAM diz que além dos investimentos financeiros, nas fases de pesquisa e desenvolvimento, também se deve pensar e quantificar os gastos com os futuros descartes dos produtos.
4. Produção e introdução do Produto no Mercado (geração de lucro)
É importante que a produção seja eficiente e sempre em um processo de observação-melhoria e que esteja alinhada com todas as fases anteriores.
O foco deve ser impactar ao máximo o seu público alvo com estratégias de marketing que se adequem ao perfil analisado que se interessará por aquele produto ou solução.
Com o crescimento das vendas, que é o próximo tópico, você pode começar a dispor ações e energia em dar escalabilidade à solução.
5. Crescimento das vendas/produção (aceitação pelo mercado, com geração de lucro)
Se o produto foi um sucesso, é normal que exista um crescimento das vendas e consequentemente da produção. É importante verificar qual escala você gostaria de atingir, algo local, regional, nacional ou internacional.
A depender do seus objetivos, é essencial que parte dos lucros sejam revertidos para manutenção do empreendimento, inovação e aumento da escalabilidade.
6. Maturidade do Produto
Mais cedo ou mais tarde a sua solução irá atingir a fase da maturidade onde as vendas param de crescer e o lucro se estabiliza.
A inovação, que citamos anteriormente, serve para possibilitar que essa fase se mantenha por mais tempo.
Querendo ou não, aos poucos soluções semelhantes irão surgir e com diferenciais outrora não pensados pela sua empresa, estar atento e colocar em prática as melhorias é uma vantagem competitiva essencial.
7. Declínio e morte do Produto
Nessa fase as vendas e lucros diminuem. Isso pode ocorrer porque alguma solução concorrente despontou no mercado ou o perfil do seu público alvo mudou e a solução não acompanhou essa mudança.
8. Descarte/reuso/reciclagem do produto
Essa é uma das fases mais importantes do Ciclo de Vida do Produto. Isso porque, ignorá-la tem causado uma das maiores problemáticas ambientais do planeta Terra: a poluição dos solos e mares por meio dos resíduos.
Levando-se em consideração esse impacto, legislações e movimentos em todos os países começaram a se mobilizar para, através do conceito de responsabilidade compartilhada, fazer com que as empresas e consumidores agissem de maneira a minimizar a poluição.
E apesar de ser a última fase, é necessária pensá-la desde a pesquisa de mercado. Isso porque oferecer produtos que estejam alinhados com o menor impacto ambiental é fundamental para o seu sucesso e do planeta.
E agora que você já está sabe como o ciclo de vida de um produto funciona, que tal continuar a sua jornada sustentável? Separei um conteúdo especial para você. Dá só uma olhada: