História das embalagens: saiba mais sobre essa solução que tem tanto impacto ambiental

Leia em 3 min

Para entender o real impacto de sacolas, vidros e plásticos, precisamos estudar a história das embalagens. Leia o nosso post e saiba tudo sobre o assunto!

Conhecer a história das embalagens é essencial para compreender o real impacto que elas têm no meio ambiente quando não são descartadas corretamente.

Para falar sobre o assunto, trouxemos uma abordagem histórica que mostra como essa solução surgiu, quais foram os seus avanços ao longo dos anos e qual é o cenário atual.

Continue lendo este post e entenda um pouco mais sobre a história das embalagens e sua repercussão na sociedade.

As ondas de consumo e a história das embalagens

Em um passado não muito distante, a maioria das pessoas consumia os alimentos naturais, carregando tudo em suas próprias cestas, sacos, potes, jarros e garrafas de vidro retornáveis.

Vestuário, móveis e utensílios em geral eram feitos para serem usados até o final de sua vida útil. Não haviam produtos “da moda” trocados anualmente.

As cestas, sacos de estopa ou tecido, os potes e jarros de cerâmica e as garrafas de vidro eram retornáveis, assim os resíduos gerados por embalagens não eram uma realidade.

Com a industrialização, a máquina a vapor e a produção em série, elas passaram a fazer parte do consumo, conferindo mais durabilidade ao produto.

As latas feitas de estanho, por exemplo, apareceram nas lojas inglesas por volta de 1830 e se tornaram muito populares após a 2ª Guerra Mundial, conferindo mais durabilidade e menores preços para a indústria.

Embalagens de papel e papelão garantiram facilidade no transporte, enquanto as de plástico resolveram o problema do preço, resistência e proteção do produto.

Além disso, ele poderia estar contido em material transparente, permitindo ao consumidor ver a mercadoria.

No pós-guerra, a comida prática gerou um boom das embalagens, sendo que na década de 60 aquelas feitas de plástico ganharam o mercado.

Mas essa praticidade e o “descarte sem culpa” teve seu preço: custos para gerir aterros sanitários e para a coleta, poluição e danos ambientais.

Na década de 70, a reciclagem apareceu como solução, mas ainda é um setor econômico que precisa ser desenvolvido. Desde então, a história das embalagens passou a ser apenas a replicação e venda de sacolas, vidros e plásticos.

O impacto dos resíduos pós-consumo no meio ambiente

Com pesquisas e informações apontando para a crise climática e a insustentabilidade do modelo de produção com recursos não renováveis, os danos para a natureza e para os animais por causa do desmatamento e acúmulo de lixo, as políticas ambientais se tornaram necessárias.

De acordo com um levantamento do PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a poluição por plástico (material artificial mais resistente) gera mais de U$ 8 bilhões de prejuízo à economia global.

E apesar do consumo desenfreado ter sido percebido, a lógica do descarte rápido de embalagens e de itens continua, uma vez que vivemos uma abundância de produtos e o acesso fácil a tudo o que queremos.

Nesse contexto, as políticas ambientais para evitar problemas maiores começaram a surgir na década de 90 e se consolidar a partir dos anos 2000.

Como é a legislação brasileira em relação ao descarte de embalagens?

Em alguns países da Europa, elas são bem desenvolvidas, enquanto no Brasil, essa legislação está se consolidando. Por aqui, a responsabilidade compartilhada também é ponto-chave e a logística reversa das embalagens é obrigatória em todo o Brasil.

Apesar de 98,8% das cidades brasileiras possuírem coleta de lixo, apenas 22% a 26,9% delas realizam a coleta seletiva, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Resíduos Sólidos – o SINIR.

Esse dado nos mostra que, em sua maioria, esses resíduos gerados não são tratados, reciclados ou destinados corretamente.

E dessa forma, tanto os materiais recicláveis quanto os não recicláveis acabam em aterros sanitários e podem poluir solo, rios e mares e até mesmo as áreas urbanas.

Infelizmente, o Brasil é o 4º país que mais gera resíduo plástico no mundo, somando 11,3 milhões de toneladas por ano, conforme estudo de 2019 da WWF International, o Global Plastics Report.

Apesar disso, a PNRS já está mudando isso com a compensação ambiental, em que as empresas devem comprovar que investem nessa solução com o certificado de reciclagem, que é o instrumento legal aceito para esta validação.

O curioso de toda a história das embalagens é que por muito tempo elas foram a solução. De fato, elas não são vilãs, o ponto negativo é que nós, como sociedade, demoramos a perceber os problemas causados pelo acúmulo do que descartamos.

Se você gostou do nosso conteúdo, continue lendo no nosso blog e saiba mais sobre os princípios das empresas conscientes e 4 dicas para se tornar uma.

Compartilhe!

1 comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.